- Quando eu disse que tinha ódio, não estava falando de você.
- Não?
- Não. Não tenho ódio de você.
- Não?
- Não. Por que teria?
- Diga-me você.
(silêncio)
- Somos tão engraçados, nós dois.
- Diferentes demais.
- Semelhantes demais, eu diria.
- Tão semelhantes que chegamos a ser diferentes.
(silêncio)
- Desculpe.
- Você sabe que não precisa.
- Não, eu...
- Você foi ótima, a culpa não é sua.
- Então obrigada.
- Pelo quê?
- Pelas músicas. Pela noite.
- Qualquer um canta uma música. Qualquer um te faz companhia numa noite, não?
- Não.
- Bom saber.
(silêncio)
- Eu acho que é isso.
- Podemos ir embora?
- Podemos.
- Algo mais a acresentar?
- Te vejo em outra vida, quando nós dois formos gatos.
- Te procuro em outros corpos, juro que um dia te encontro.
(silêncio)
- Não me espere pra jantar, eu não volto.
- Eu sei. Nunca mais, não é?
- Talvez em outra vida.
- Talvez em outra vida.
(silêncio ad eternum)
segunda-feira, 13 de abril de 2009
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às vezes simplesmete acaba, sem muito motivo aparente.
ResponderExcluirum tanto volátil isso, eu diria.
mt bom ;)
beijos!
Odeio o fim mas ele é inevitável.
ResponderExcluirme identifiquei muito com esse post...
ResponderExcluirlindo demais. Parabéns!
li três vezes em seguida :)
até logo.
E eu chorei.
ResponderExcluir(silêncio)
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